O rei dos magos (David Bowie) ouve os pedidos de Sarah, uma adolescente que enfrenta a revolta de morar com o pai e a madrasta, e ter de cuidar do irmão recém chegado. Sarah deseja que o irmão suma, e o rei dos magos o leva para seu castelo. Desesperada, Sarah vai atrás da criança, mas para encontrá-la deve atravessar um enorme labirinto cheio de segredos, armadilhas e ilusões. Será que Sarah conseguirá alcançar o irmão antes que ele vire um duende? Ela conseguirá ultrapassar barreiras como portas falantes e o poço do fedor eterno? Será que ela atenderá também o desejo do rei mago, que no fundo é apaixonado por ela e quer aprisioná-la? Vale a pena o mergulho no mundo fantástico da criatividade: David Bowie nunca esteve tão mítico quanto no papel deste filme. Esta é uma pérola para ser guardada entre os clássicos.
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
terça-feira, 21 de setembro de 2010
O novo vem do velho
5 X FAVELA, AGORA POR NÓS MESMOS
DIREÇÃO: Cacau Amaral, Luciana Bezerra e outros
PRODUÇÃO: Brasil, 2010
COM: Vitor Carvalho, Márcio Vitor
O projeto veio de experiências realizadas nas oficinas de cinema das comunidades no Rio, Cacá Diegues, antigo diretor de cinema, idealizador do projeto que resultou no filme e também do Cinema Novo. Para a realização do filme são cinco episódios contados pelos diretores das pessoas da própria comunidade.
Foi um filme diferente de Cidade de Deus e Tropa de Elite pois não é um filme sobre a favela contado por diretores e atores da classe média e sim por pessoas que realmente vivem aquelas situações.
Para quem gosta de filme brasileiro e realidade social esse filme é um grande exemplar, pois realmente mostra algumas diferenças e o dia a dia das pessoas menos favorecidas.
A história desse menino é a que tem uma amiga que mora em uma favela diferente da sua, ele gosta dela, mas não a acompanha pois tem medo de entra na sua área pois tem medo de ser morto, mas um dia ele tem que buscar uma pipa que caiu lá e ele vai. Quando vê que lá não é tão assustador quanto pensava ele toma coragem e vai até a casa dela.
O casal da foto se conhecia desde criança, ainda havia um outro amigo, que agora é policial. Os dois se separam do tercveiro amigo pois, em uma chuva a casa dele escorrega e sua mãe morre e então ele vai morar com a irmã dela.
São histórias como essas que acontecem todo dia nas comunidades mas a maioria das pessoas nãso conhecem, ou apenas tem a visão contaminada pela classe social.
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domingo, 19 de setembro de 2010
Chicago
Velma Kelly (Catherine Zeta-Jones) é uma famosa vedete que dança ao lado de sua irmã; ao pega-la tendo relações com seu marido, Velma assassina ambos e é condenada à prisão, ao lado de uma seleta lista de assassinas de Chicago.
Enquanto isso, Roxie Heart (Renée Zellweger), uma aspirante à cantora apaixonada pelos palcos sonha com glamour e fama, assassina o homem que mantinha um caso em uma briga.
Billy Flynn (Richard Gere) é um advogado que cuida da ala das assassinas e busca sempre tirar proveito das situações, explorando seus casos com a audiência da mídia.
As duas dançarinas encontram-se na cadeia, e após Velma esnobar
Roxie, esta consegue primeiro lugar na defesa de Billy. Após as duas saírem da cadeia e serem esquecidas pela fama, Velma se arrepende e pede para Roxie fazer uma dupla de apresentação com ela.
Enquanto isso, Roxie Heart (Renée Zellweger), uma aspirante à cantora apaixonada pelos palcos sonha com glamour e fama, assassina o homem que mantinha um caso em uma briga.
Billy Flynn (Richard Gere) é um advogado que cuida da ala das assassinas e busca sempre tirar proveito das situações, explorando seus casos com a audiência da mídia.
As duas dançarinas encontram-se na cadeia, e após Velma esnobar
Roxie, esta consegue primeiro lugar na defesa de Billy. Após as duas saírem da cadeia e serem esquecidas pela fama, Velma se arrepende e pede para Roxie fazer uma dupla de apresentação com ela.
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Saneamento Básico
Linha de Cristal, uma pequena vila de descendentes de colonos italianos, precisa urgentemente de tratamento de esgoto. Os moradores reúnem uma comisão para tratar do assunto, e fazer o pedido de uma fossa para a subprefeitura; a secretária de lá reconhece a necessidade da obra, mas diz que não há a verba disponível. Vendo o desespero dos moradores, a secretária informa que a prefeitura possui quase R$ 10 mil para a produção de um vídeo. Nesse momento, Fernanda Torres como personagem principal tem a idéia de fazer um filme, que tem de ser de ficção. Os moradores reúnem-se para montar o filme, na esperança de conseguirem a verba para arrumar o esgoto da cidade.
domingo, 5 de setembro de 2010
Casa de Areia
O filme Casa de Areia é uma metáfora para a mudança de percepção do mundo que todo o ser humano sofre constantemente. Quando começamos a ter consciência dos fatos, suas conseqüências e implicações e com o outro. Surgem os amores, a descoberta da efemeridade do tempo, e o quanto nos falta para fazermos tudo que queremos.
Inicialmente, Áurea (Fernanda Torres) e sua mãe D. Maria (Fernanda Montenegro), estão viajando rumo aos lençóis maranhenses. Áurea segue o marido, na promessa de uma terra boa para morar.
Quando chegam ao local deparam-se com o nada cercado pelas dunas de areia. Áurea entra em choque, pois sabe que está condenada a uma vida estática, na sombra de seu marido. Áurea pari e cria uma filha no mesmo local, e depois de muito tempo encontra a possibilidade de sair daquele lugar sufocante após a morte de seu marido.
A perspectiva das três mulheres e gerações muda quando Áurea tem um amor passageiro, mais muito intenso. O filme vale para uma longa reflexão sobre o valor da vida.
Inicialmente, Áurea (Fernanda Torres) e sua mãe D. Maria (Fernanda Montenegro), estão viajando rumo aos lençóis maranhenses. Áurea segue o marido, na promessa de uma terra boa para morar.
Quando chegam ao local deparam-se com o nada cercado pelas dunas de areia. Áurea entra em choque, pois sabe que está condenada a uma vida estática, na sombra de seu marido. Áurea pari e cria uma filha no mesmo local, e depois de muito tempo encontra a possibilidade de sair daquele lugar sufocante após a morte de seu marido.
A perspectiva das três mulheres e gerações muda quando Áurea tem um amor passageiro, mais muito intenso. O filme vale para uma longa reflexão sobre o valor da vida.
sábado, 28 de agosto de 2010
Resident Evil 4 – Recomeço
EUA - 2010
Direção e roteiro: Paul W.S. Anderson
Elenco: Milla Jovovich, Ali Larter, Kim Coates e Shawn Roberts
Depois do desenho Shrek, agora é a vez de outra franquia cinematográfica chegar ao seu quarto capítulo. Neste Resident Evil 4, mais uma vez conduzido pelo diretor Paul WS Anderson (o mesmo do filme Pandorum), sobram explosões, tiros, fuzis... e faltam emoção e suspense.
Um rápido trecho é narrado por Alice (Milla Jovovich) e tenta introduzir à trama aqueles que não viram nenhum filme da série, contando todo aquele blá-blá-blá sobre a Umbrella e o T-Tírus. Na sequência seguinte, a heroína (ou melhor, vários clones dela) invade uma base no Japão com o ideal de assassinar o presidente da corporação Umbrella, Albert Wesker (Shaw Roberts). Wesker escapa, só que antes aplica um soro que neutraliza os poderes de Alice.
Tempos depois, a protagonista está no Alasca procurando um porto seguro chamado Arcádia, totalmente livre dos zumbis. Ela não encontra nada e através de gravações começa a sentir que é a única humana sobrevivente no planeta. Andando por uma praia encontra Claire Redfield (Ali Larter, mais conhecida como a personagem Niki Sanders da série de TV Heroes). A jovem tem a memória danificada e está possuída por um equipamento conectado em seu peito.
Lógico que nada é obstáculo para Alice, que remove o dispositivo de sua amiga. E se o longa anterior mostrou Las Vegas devastada, agora é a vez de ver como ficou Los Angeles após o apocalipse. Na cidade dos anjos, encontram um grupo que pede ajuda sobre o telhado de uma prisão e observam um rapaz encarcerado chamado Chris (Wentworth Miller) que mais tarde se revela irmão de Claire. A dúvida (se é que ela existe) é como conseguir sair daquele lugar com uma multidão de mortos-vivos cercando todos os cantos...
É difícil negar, mas é evidente que há o fato de quem não é um aficionado da série (adaptada do videogame de mesmo nome) pode começar a se perder por causa quantidade de ideias que se repetem nos quatro episódios – ou seja, basicamente são todas aquelas cenas recheadas de ação e aventura que parecem copiadas da trilogia Matrix. Aliás, há outros trechos que parecem ter sido inspiradas de outros longas, como por exemplo aquele no qual Alice se joga de um terraço com uma corda amarrada na cintura fugindo de uma explosão (lembra Duro de Matar).
Numa rápida definição, neste quarto Resident Evil mais uma vez os fãs irão gostar de ver exércitos de zumbis voando aos pedaços. Mas provavelmente só eles.
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Uma Noite em 67
Com: Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso , Edu Lobo, Roberto Carlos e Sérgio Ricardo
Um festival de música popular brasileira nos anos 60 era muito mais do que só canções, cantores e melodias. Com a ditadura forte como nunca por aqui, a explosão do rock lá fora (com a turma de Beatles e Rolling Stones) e o aparecimento na mesma época de tantos artistas que marcariam gerações brasileiras, Uma Noite em 67 (Videofilmes/Rede Record) foi uma baita de uma noite.
O documentário retrata todos os detalhes daquele 21 de outubro de 1967, quando a Rede Record realizou no Teatro Paramount (SP) o 3° Festival de Música Brasileira. O que era para ser um simples programa de TV, com preocupações normais com audiência e produção, acabou se tornando um marco na música brasileira.
No mesmo palco, competindo, estavam Roberto Carlos, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Chico Buarque, Edu Lobo, Sérgio Ricardo e Os Mutantes. O que estava em disputa não era apenas o primeiro lugar no festival, mas sim os rumos da própria música nacional. De um lado estavam Caetano e Gil com suas ideias inovadoras e tropicalistas, usando guitarras e a força do rock. Eles batiam de frente com a turma mais conservadora e purista, que dizia que guitarra era coisa de gringo e a música brasileira não poderia ser contaminada por isso. Correndo por fora havia a turma jovem da Jovem Guarda e do iê-iê-iê e um Chico Buarque que confessa no filme ter se sentido sozinho no meio de tudo isso.
Com imagens da época misturadas aos depoimentos de hoje daqueles que participaram, Uma Noite em 67 é o retrato de uma geração musical nunca antes visto no Brasil. São detalhes, músicas, bastidores e até mesmo uma autocrítica dos músicos que ajudaram a transformar melodias e harmonias nacionais em um ícone do país em todo mundo. Desde o organizador do evento – dizendo que ele via o festival como uma novela onde era preciso ter o mocinho, o bandido, o pai da noiva – a jurados – confessando que foram idiotas por participar de uma marcha contra a guitarra elétrica – o documentário mostra todos os personagens daquela mítica noite, inclusive o público ativo e um tanto quanto intolerante não se atendo somente aos músicos.
E há também Caetano Veloso, ao violão, tentando hoje se lembrar como se tocava “Alegria, Alegria”; Chico Buarque sentindo saudade da beleza da juventude e esboçando a letra de “Roda-Viva”; Gilberto Gil confessando o ataque de pânico que teve antes de entoar “Domingo no Parque”; e Sérgio Ricardo dizendo que não se arrependeu de ter brigado com o público e quebrado um violão em um ataque de fúria.
Hoje praticamente não importa mais qual canção saiu em primeiro ou ficou em quinto lugar naquele festival, mas sim que toda a música brasileira saiu ganhando. E com certeza nunca mais foi a mesma.
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domingo, 15 de agosto de 2010
[REC]2 - Possuídos
Espanha – 2010
Direção: Jaume Balagueró e Paco Plaza
Elenco: Manuela Velasco, Ferran Terraza, Jonathan Mellor
[REC]2 começa exatamente onde o primeiro terminou. Neste, uma equipe é enviada para recolher amostras de sangue dos infectados, para produzir uma cura.
Os vídeos são feitos através das câmeras instaladas nos capacetes dos agentes e mais uma vez sentimos os efeitos claustrofóbicos daquele maldito prédio escuro.
Embora desta vez o grupo seja um esquadrão tático do exército e esteja indo à uma missão, são mais despreparados que o grupo de bombeiros do primeiro filme. Não que eu seja um primor de inteligência, mas se tivesse aquelas armas na mão não ia ter conversinha com zumbi! Era tiro na cabeça primeiro e conversa depois! Dá até raiva ver os caras praticamente se oferecendo de bandeja!
E a história dessa vez, deixa de ser simplesmente sobre uma infestação zumbi e passa a ganhar uma história um pouco mais aprofundada e descobrimos as origens desta infestação (que deixou os expectadores do primeiro filme extremamente curiosos). Ponto para os roteiristas, que começaram a desvendar os mistérios e satisfazer o desejo dos fãs.
Mas…
Pode sair pela culatra se a história não ficar bem amarrada! Fãs de filmes de zumbis, em sua maioria, não estão muito interessados na origem do problema. Eles gostam mesmo é de ver a coisa pegando fogo, o desespero, o apocalipse e vez ou outra um amish mudo com uma foice gigante!
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quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Nos tempos da brilhantina
A volta à escola nunca foi tão empolgante para Sandy (Olivia Newton-John): após ter um amor de verão em uma viagem, ela reencontra o galã na mesma escola para qual se mudou. Apaixonada, ela cria expectativas por Danny (John Travolta), o líder da gang dos T-birds que são rebeldes. Sandy estranha a postura de Danny, que logo irá mudar de atitude ao perceber que também está apaixonado. Essa é para relembrar os tempos da brilhantina!
Dançando no Escuro
Ano: 2000
Direção e roteiro: Lars Von Trier
Elenco: Björk
Catherine Deneuve
David Morse
Elenco: Björk
Catherine Deneuve
David Morse
Conheci o trabalho de Lars von Trier assistindo a sua obra mais “popular”, Dogville, primeira parte de uma trilogia sobre os Estados Unidos. Fiquei impressionado com o que vi e foi inevitável que eu procurasse os antigos trabalhos do diretor.
Dançando no Escuro se passa em 1964 e conta a história de Selma, interpretada por Björk, imigrante do Leste Europeu que vai para os Estados Unidos acompanhada de seu filho. Portadora de uma doença hereditária que a deixará cega em pouco tempo, Selma trabalha dia e noite com um só objetivo: poder pagar uma cirurgia para o filho, que sofre do mesmo mal. A paixão por filmes musicais torna-se a única válvula de escape da pobre moça em sua vida tão difícil
A produção intercala o eixo narrativo principal com números musicais, que são devaneios da personagem central. Mesmo em momentos de extrema tensão, Selma se aliena do que está a sua volta e brilha em grandiosos espetáculos imaginários, muito bem realizados pela atriz principal e pelo diretor. As coreografias estão bem feitas e as músicas são primorosas, contando com o toque especial da harmoniosa e pungente voz de Björk.
A cantora está simplesmente perfeita no papel. Encarna a personagem mantendo-se verossímil do começo ao fim, encantando e comovendo o público. Revela-se uma artista completa: além de ter uma voz singular, provou ser uma brilhante atriz, o que lhe rendeu o Globo de Ouro e um prêmio em Cannes. Sem dúvida, merecidos.
A direção de Lars von Trier se priva de tecnologia. O longa-metragem foi filmado em câmera digital, pelas mãos do próprio diretor. Ainda assim, tem uma bela fotografia, especialmente nas cenas dos espetáculos. Por ser longo e com pouca ação, Dançando no Escuro exige certa paciência do público. É denominado um filme de arte, ou seja, a maioria das pessoas o acha enfadonho.
A crítica aos Estados Unidos é clara na película. Selma, que foi para o país em busca de uma solução para seu problema, é explorada e acaba tendo um fim trágico. Poucos não irão se revoltar e se comover com a história, que é triste em um nível não visto em produções hollywoodianas. Trier é impiedoso com a personagem central, assim como a América é com os que se aventuram lá.
Uma história imperdível da realidade dura e cruel contrapondo-se à felicidade romântica das fantasias. Bonita obra, que há de ser apreciada pelos adoradores do bom cinema.
Uma história imperdível da realidade dura e cruel contrapondo-se à felicidade romântica das fantasias. Bonita obra, que há de ser apreciada pelos adoradores do bom cinema.
terça-feira, 3 de agosto de 2010
Águas Agitadas (DeUsynlige)
Ano: 2008
- Estreia nacional: 19 de Agosto de 2010
País: Noruega
Género: Drama
Duração: 115 min.
Com: Pål Sverre Valheim Hagen, Trine Dyrholm, Ellen Dorrit Petersen
O último dia na prisão de Jan Thomas começa com um mergulho em água fervente e um espancamento por parte dos seus colegas de cadeia. Mas até pode considerar uma sorte não ter sido pior, visto ter sido acusado de assassino de crianças – apesar de sempre ter se considerado inocente. Agora, Jan está em liberdade e tem uma segunda oportunidade para fazer alguma coisa com a sua vida. Organista dotado, arranja trabalho numa igreja de Oslo, onde o seu talento e boas maneiras rapidamente conquistam o respeito dos seus superiores. E também conquista o coração de Anna, a Pastora, e do seu pequeno filho, Jens. Jan decide não contar nada a Anna sobre o seu passado. Mas é esse passado que vem ter com ele: Agnes, uma professora, vem um dia à igreja numa visita de estudo, e reconhece o organista Jan Thomas, como o homem que foi condenado pela morte do seu filho…
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sexta-feira, 25 de junho de 2010
Férias
Bom, as férias estão chegando e mais tempo para vermos filmes certo? Sim, mas como somos meros estudantes, merecemos uma férias também, então em julho não teremos postagens, mas em agosto voltaremos com muitos outros filmes.
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Cade o meu dono?
Título Original: Toy Story 3
País de Origem: EUA
Gênero: Animação
Tempo de Duração: 103 minutos
Ano de Lançamento: 2010
País de Origem: EUA
Gênero: Animação
Tempo de Duração: 103 minutos
Ano de Lançamento: 2010
Nessa nova aventura Woody, Buzz e seus amigos quase vão parar na lata de lixo sem querer, pois Andy está arrumando as coisas para ir para a faculdade e então eles fogem e entram em uma luta para achar o seu dono de volta. Uma narrativa totalmente inovadora e engraçada, as pessoas que eu conheço que viram não conseguiram tirar os olhos da tela.
Nessa busca eles param em uma estranha creche, onde todos são muito carinhoso e receptivos com eles, mas um Ursinho mudará tudo isso e as aventuras que os brinquedos passarão são incrívelmente bem narradas.
Eu acredito que esse seja o melhor filme da linha, pois além de todos os personagens engraçados que já conhecemos como o Sr e Sra cabeça de batata, o cachorro mola, o cavalo do Woody e tantos outros ele nos apresenta novos brinquedos. Uma surpresa que deu muito certo foi a entrada da Bárbie e do Ken.
Uma animação muito bem feita como as outras duas, mas com uma narrativa que prende muito mais a atenção.
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Impressionante
Nome: Remember me (Lembranças)
Diretor: Allen Coulter
Elenco: Robert Pattinson, Emilie de Ravin, Chris Cooper, Lena Olin, Pierce Brosnan, Martha Plimpton, Peyton List, Ruby Jerins.
Duração: 113 min.
Ano: 2010
País: EUA
Gênero: Drama
O estudante Tyler Roth (Robert Pattinson) perde seu irmão que cometeu suícidio, e mesmo assim não consegue se recuperar da dor que sente quando pensa nele. Conhece então Ally (Emile de Ravin) uma moça que viu sua mãe ser morta na sua frente.
Os dois acabam se apaixonando pensando que juntos podem esquecer as suas mágoas e serem felizes graças ao amor.
Robert está em uma atuação completamente diferente do que em Crespúsculo, rouba completamente a cena e teve uma atuação muito madura.
O filme parece um pouco parado mas a sua narrativa é muito bem construída e prende a atenção na medida que trata de um drama, mas ao mesmo tempo é leve.
O final é o que mais surpreende no filme. Acabei me apaixonando pelo filme por causa de sua última cena, vale a pena.
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segunda-feira, 14 de junho de 2010
O Barato de Grace
titulo original: (Saving Grace)
lançamento: 2000 (Inglaterra)
direção: Nigel Cole
atores: Brenda Blethyn , Craig Ferguson , Martin Clunes , Tchéky Karyo , Jamie Foreman
duração: 98 min
gênero: Comédia
lançamento: 2000 (Inglaterra)
direção: Nigel Cole
atores: Brenda Blethyn , Craig Ferguson , Martin Clunes , Tchéky Karyo , Jamie Foreman
duração: 98 min
gênero: Comédia
O Barato de Grace é uma comédia inglesa que tem como trunfo o grande talento de Brenda Blethyn no papel principal e boas piadas sobre um tema polêmico: maconha.
No filme, ela interpreta Grace Trevethen, uma típica inglesa que cultiva os jardins de sua mansão. Inesperadamente seu marido morre em um desastre de avião. Na verdade o acidente aconteceu porque ele pulou do avião, sem pára-quedas. Após o choque, ela descobre que ele se foi deixando dívidas imensas, das quais ela não tinha conhecimento, e terá que vender a casa.
Seu jardineiro, Matthew (Craig Ferguson, do The Drew Carey Show), sugere que ela cuide de uma planta de cultivo ilegal. Como Grace tem dom com as plantas, ele decide levar uma plantinha doente para ela. Trata-se de um espécime inédito naquele jardim: um pé de cannabis sativa. Grace salva o pé de maconha.
Matthew também tem problemas: mesmo sem emprego ou salário, prometeu se casar com a namorada. Desesperados, os dois se perguntam: por que não usar as famosas habilidades de Grace para multiplicar a maconha e ganhar dinheiro?
Entusiasmados, Grace e Matthew transformam a estufa de orquídeas no paraíso dos maconheiros. Mas, os dois percebem que, para ganhar dinheiro, terão que vendê-las, e é aí que encontram a grande dificuldade.
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Diario de uma solteira
O Diário de Bridget Jones
titulo original: (Bridget Jones's Diary)
lançamento: 2001 (EUA)
direção: Sharon Maguire
duração: 94 min
gênero: Comédia
O dia dos namorados etá se aproximando e algumas solteiras que curtem esse filme se sentem muito parecidas com essa grande personagem que Renée Zellweger interpretou com tanta maestria. No ano anovo ela resolve escrever um diário com as conhecidas resoluções para o novo ano. Uma delas é ter um relacionamento de verdade, preferencialmente com o seu chefe, Daniel Cleaver, interpretado de forma maravilhosa por Hugh Grant. Mas o que ela não esperava é que apareceria um novo personagem na sua vida. O sonho de todas meninas Mark Darcy, interpretado e considerado um dos melhores papeis de Colin Firth.
Seu chefe diz coisas terríveis sobre Mark Darcy, o que faz ela ter mais certeza que o principe encatado que ela sempre esperou é o Daniel e não o amigo da sua mãe todo engomado que enganou o seu melhor amigo.
Os encontros dos três sempre é meio estranho. Trocas de olhares e odio entre seus dois homens.
É um filme cheio de risadas, mas é mais que isso. Mostra também que a primeira impressão nem sempre é a que deve ficar ou a mais certa.
E ela permite que toda essa confusão se forme, pois ela é uma solteirona de quase 40 anos, mas que não se conforma com essa situação e sonha em encontrar o homem perfeito. Mas esquece-se que isso não existe.
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sábado, 22 de maio de 2010
Ensaio sobre a cegueira
A história começa com um homem que fica cego no meio do trânsito, e outro ajuda-o levando o cego para casa. Depois, aproveita-se da situação e rouba o carro dele; posteriormente ele também fica cego.
A cegueira que se alastra pela cidade toda (cenário belíssimo feito nas ruas de São Paulo), é diferente da normal, porque as pessoas passam a ver apenas um branco. Deste ponto dá para dissertar sobre a simbologia da cor e o fato dela representar a paz; mesmo a cegueira sendo um fato desesperador, ela começa a unir as pessoas, que não fazem a mínima idéia do que acontece.
Julliane Moore é a protagonista da história e a única pessoa que não fica cega. Isto é em uma primeira impressão fantástico, mas após o seu marido ficar cego e ela decidir ficar ao seu lado, a visão será o seu fardo. O problema começa a aumentar quando o governo passa a colocar as pessoas com a suposta doença em quarentena, dentro de um enorme galpão cercado por militares; e é para esse lugar que o casal vai.
No início, as pessoas enclausuradas no galpão tentam se ajudar, havendo uma correta divisão da comida entre os 'doentes'. O problema aumenta quando começa a disputa por comida pelas áreas, dominadas pela "Ala 3" e seu 'rei', estrelado por Gabriel Garcia Marquez.
O filme direciona uma reflexão que vai além do fato de que a visão é extremamente necessária para nossa sobrevivência no mundo físico exterior, e ultrapassa também o pensamento de concientização perante a possibilidade de tamanha catastrofe. A história revela os sentimentos do ser humano (principalmente o de desespero) diante o caos social: a visão representa o significado do mundo e da vida, e consequentemente os pilares que delas decorrem, como a moral e a integridade. A ausência desse sentido leva o homem à sua condição animal, instintiva, na qual ele mesmo não pode controlar seus desejos e necessidades.
quarta-feira, 19 de maio de 2010
O Poder De Um Jovem
O filme se passa na África do Sul e conta a história de P.K. (Stephen Dorff) um garoto inglês nascido em solo africano em 1930. Cresceu com sua mãe, pois seu pai morreu um tempo antes dele nascer? A mãe lhe ensinou música e inglês, enquanto sua babá lhe ensinou zulu e a cultura local. Aos sete anos é mandado para um internato porque sua mãe estava doente, só que este internato era de africânderes. Aí é onde se observa a base de conflito do filme, ingleses, africânderes (africanos brancos descendentes dos holandeses) e povo nativo.
Por ser um garoto inglês, desprezado e sem amigos, sofre bastante, principalmente quando sua mãe morre e sua babá volta para a terra de origem, deixando-o sozinho. A partir de então, criado com a ajuda de um alemão, amigo do seu avô, que vai preso no período da II Guerra, P.K. passou a ir diariamente a prisão e além de ajudar a unir as tribos africanas, se torna um exímio lutador de boxe com a ajuda de Pit (Morgan Freeman). E num campeonato, conhece Maria Marais, moça pela qual se apaixona, mas havia um problema, ela era filha de uma das principais famílias tradicionais do novo governo conservador africânder que havia se instalado. Governo esse que tomou como lei uma medida instaurada pelos ingleses, o apartheid. Está gerado, assim, este belo drama, do mesmo diretor de Rocky, Um Lutador
Gênero: Drama
Tempo: 132 min
Lançamento: 1992
Estrelando: Nomadlozi Kubheka, Agatha Hurle, Nigel Ivy, Tracy Brooks Swope, Brendan Deary, Winston Mangwarara, Guy Witcher, Tonderai Masenda, Cecil Zilla Mamanzi, John Turner, Robbie Bulloch, Gordon Arnell, Daniel Craig, Stephen Dorff, Fay Masterson, Morgan Freeman.
Direção: John G. Avildsen
Produção: Graham Burke, Greg Coote, Steven Reuther
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sexta-feira, 14 de maio de 2010
HOMEM DE FERRO 2
Filme: O Homem de Ferro/ Iron Man
Elenco: Robert Downey Jr., Don Cheadle, Samuel L. Jackson, Gwyneth Paltrow, Scarlett Johansson, Mickey Rourke, Sam Rockwell, Jon Favreau, John Slattery, Stan Lee
Direção: Jon Favreau
Gênero: Aventura
Duração:124 min
Distribuidora:Paramount Pictures
Estreia:30 de Abril de 2010
A primeira edição do filme I
O filme inicia com Tony Stark sendo convocado para uma audiência no senado dos Estados Unidos. O jeito despojado do ator Robert Downey é mais explorado ainda e teve gente até que o comparou com Jhonny Depp, e não deixa de ser uma comparação válida. O segundo filme vem para tentar conquistar o público brasileiro que o primeiro não conseguiu, o que em minha opinião é uma pena pois é tão bom quanto. Mesmo como eu sempre fico com o pé atrás com continuações de filmes que eu AMO e esse é o caso não tenho críticas a esse.
O seu inimigo tem uma armadura não parecida mas muito poderosa também. Ele foi filho de um funcionário do seu pai que teve problemas e foi exilado. E ele está completamente destinado a acabar com o "herói" dos Estados Unidos da América que na boca do próprio personagem "eu privatizei a paz em nosso país".
Uma coisa interessante nessa continuação é que a relação de Tony Stark com seu pai é explorada assim como a do Iron Man com a Pepper que é completamente apaixonada por ele. É um filme que trata das relações mas não deixa de lado a ação típica do Iron Man.
E lógico que o idiota do Hammer não desiste de superar o gênio que é o Tony, já sabemos onde isso vai dar né?
Enfim... para quem está com o pé atrás, pare de per vale a pena!
Será que eles ficam juntos?
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quinta-feira, 13 de maio de 2010
Eu só quero chocolate!
Prepare todas suas guloseimas preferidas para esta próxima seção! Principalmente aquelas à base de cacau... Chocolate é um filme delicioso e cremoso, que envolve os espectadores com a história exótica: a estranha atitude nômade de uma mãe que carrega sua filha pelo mundo, encantando e mudando a vida de várias pessoas com suas receitas mágicas, que funcionam como um remédio para os problemas do cotidiano do ser humano.
Ao chegar em um vilarejo do interior, Vianne Roche - Juliette Binoche no papel de mãe - e sua filha Anouk (Victorie Thivisol), deparam-se com uma sociedade arcaica com costumes arraigados nas profundesas da vida de cada cidadão. Ao abrir uma doceria em plena quaresma, Vianne compra uma briga com o Conde de Reynaud, o então mantenedor da ordem social do pequeno vilarejo.
A honra da atuação de Johnny Deep é marcada pelo personagem Roux - o primeiro pirata da história de sua trajetória cinematográfica - que por acaso acaba ajudando na luta contra o preconceito e as amarras sociais travada por Vianne.
Entrelaçando diversas histórias da vida de cada personagem característica da vila, o filme trás uma série de fatos marcantes e inesperados, interligados pelo irresistível chocolate... O filme vale a pena ser degustados com o acompanhamento da maior variedade possível deste doce sensacional; o aviso fica para os chocolatras - ou não - porque de qualquer forma, todos ao final do filme estarão com vontade de comer chocolate!
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Chloe - O preço da traição
A produção americana, com direção de Atom Egoyan, é um remake de Nathalie-X, longa francês (que também pode ser encontrado para baixar na internet), de 2003, com Fanny Ardant, Emmanuelle Béart e Gérard Depardieu.
Nos dois filmes, a história é mais ou menos assim: Catherine (Julianne Moore, na versão mais recente e Fanny Ardant, na produção francesa) é casada com David (vivido por Liam Neeson e, antes, chamado de Bernard, interpretado por Gérard Depardieu). Os dois, apesar de viverem uma relação sólida, não são mais próximos. Tampouco, apaixonados.
Quando Catherine começa a desconfiar da fidelidade do marido, decide contratar uma prostituta de luxo (na produção de 2003, Marléne, que usa o codinome Nathalie, interpretada por Emmanuelle Béart e, agora Chloe, vivida Amanda Seyfried). A ideia é seduzir Bernard/David e testar sua lealdade.
A principal diferença entre as produções é a forma como a prostituta conduz a relação com a cliente que a contratou para seduzir o marido. Nos dois filmes, a maneira de agir da moça é a aparentemente a mesma. Aliás, no remake há cenas idênticas às do filme original. No entanto, na versão americana, Chloe acaba se apaixonando (se é que podemos chamar de paixão o sentimento que ela demonstra) por Catherine. Só que rejeitada, ela passa a agir no estilo meio atração fatal.
É exatamente isso: uma espécie de versão lésbica do famoso Atração Fatal (claro que sem a cena do coelho morto enviado pela amante).
Nathalie X é um filme bacana e com ótimas interpretações. No entanto, há mais tensão entre Julianne Moore e Amanda Seyfried, do que entre Fanny Ardant e Emmanuelle Béart. Tudo bem que essa tensão a qual me refiro pode ter conquistado espaço justamente por causa da diferença no roteiro, que neste caso está mais para suspense. Mas, como disse antes, gostei do resultado.
Na verdade, acho que os dois longas valem a pena ser vistos. Chloe, em especial, pela cena de sexo entre as personagens centrais. Aliás, eu que já gostava de Julianne Moore, agora então…
Elenco
Julianne Moore … Catherine
Liam Neeson … DavidAmanda Seyfried … Chloe
Nina Dobrev … Anna
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Recomeçar no tempo!
Tempo de Recomeçar
titulo original: (Life as a House)
lançamento: 2001 (EUA)
direção: Irwin Winkler
atores: Kevin Kline , Kristin Scott Thomas , Hayden Christensen , Jena Malone , Mary Steenburgen
duração: 145 min
gênero: Drama
titulo original: (Life as a House)
lançamento: 2001 (EUA)
direção: Irwin Winkler
atores: Kevin Kline , Kristin Scott Thomas , Hayden Christensen , Jena Malone , Mary Steenburgen
duração: 145 min
gênero: Drama
O que é?
Após descobrir que tem câncer um arquiteto de meia idade decide destruir a casa que seu pai deixou pra ele e no mesmo local construir uma casa com seu filho, adolescente revoltado, que agora mora com ele.Os vizinhos zombam dele e sempre denunciam as condições da sua casa, que é em uma garagem enquanto a que ele constroe não fica pronta. Seu filho não pretende ajudar, e na maioria até atrapalaha e sua ex-mulher agora está distante.Após uma briga entre George, Kevin Kline, e o adolescente interpretado por Hayden Christesen, os dois terminam de destruir a casa, ao mesmo tempo que sua ex-mulher se aproxima, pois reclama que seu marido é distante dos filhos deles.
Parece um clichê, foi tratado como um clichê, mas a construção da história e as tramas paralelas te prendem na tela. Eu particulamente não conhecia esse filme, quando assisti, foi meio sem querer, estava em casa trocando de canal e não consegui parar de ver até o final.
A história é cheia de detalhes que não se pode imaginar lendo qualquer sinopse e é muito verossimil. Qualquer personagem do filme poderia existir fora da tela e até mesmo ser o seu vizinho.
Não é aquele drama que você chora do começo ao fim e sim aquele que te faz pensar enquanto seu olho está voltado para ele.
Todos atores entraram muito bem em seus papeis e nos convencem de que estão vivendo aquilo, liderados é claro pelo brilhante, Kevin Kline que teve uma atuação fenomenal e incentivou aos outros a se superarem, até mesmo as duas crianças, que fazem os filhos da sua ex-mulher.
Acho que o cinema está cheio de filmes comuns por ai que acabam surpreendendo, Woody Allen é um exemplo disso, a maioria de seus filmes os roteiros são clichês e mesmo assim são fenomenais, Irwin Winkler, em outra temática também consegue fazer isso.
domingo, 2 de maio de 2010
Lolita: Livro & Filme
“Lolita”, do escritor russo Vladimir Nabokov (1899-1977), ainda é o mais famoso e polêmico romance da literatura contemporânea universal, considerado uma obra prima da década de 20. Foi publicado somente em Paris (1955), após recusa de quatro diferentes editoras; o motivo destas considerações está focado em seu tema: a pedofilia.
Ora - pensei - qualquer pessoa considerada normal, dentro da moral e dos costumes de nossa sociedade ocidental, entende a pedofilia como um assunto não só polêmico como repugnante. Mas por que então, ao ser lançado nos EUA em 1958, alcançou rapidamente o posto de livro mais vendido? E por que até hoje é classificado como obra prima?
Nabokov utilizou magistralmente as palavras no desenrolar do enredo, transformando a história bizarra de um pedófilo sofredor em uma narrativa na qual o leitor se encontra absorto a qualquer acontecimento. A riqueza vocabular e a criatividade criaram dois chavões da linguagem atual, “lolita” e “ninfeta”, que significam meninas menores de idade precoces ou sexualmente atraentes.
O livro tem duas transposições para o cinema, sendo uma do aclamado diretor de “Laranja Mecânica”, Stanley Kubrick (1971), e a outra de Adrian Lyne, (1997).
O texto de Nabokov foi escrito em primeira pessoa, sendo narrado por seu protagonista (o que também ocorre no filme). O solitário professor de literatura francesa, Humbert Humbert, assume toda a impressão dos fatos reais conforme sua visão pedófila, o que deixa a história simultaneamente mais intrigante e fascinante.
Percebi que, como toda adaptação cinematográfica, o filme de Kubrick não abrange todos os fatos narrados no livro com fidelidade, mesmo com duas horas e quarenta minutos de duração. Seu roteiro anula praticamente toda a primeira parte do romance auto-biográfico do próprio personagem, o que de certa maneira prejudica o enredo, uma vez que esta demonstra o passado do narrador: seus pensamentos e atitudes pedófilas são justificadas por um romance mal acabado em sua juventude. Baseando-se neste acontecimento, escreve justificando-se ao mesmo tempo para o leitor e o júri (na história, o texto foi escrito quando estava na cadeia, por homicídio).
Mas Kubrick começa pelo fim. Ao descobrir que “Lo-li-ta” tinha relações com outro pedófilo, Claire Quilty, Humbert quis matá-lo, mesmo depois de ser dispensado por ela. Ao chegar à casa de sua vítima, Humbert encontra-o bêbado. Eles desenvolvem um diálogo com falas muito bem desenvolvidas do roteiro, baseado no texto do livro. O ator de Quilty, Peter Sellers, representa perfeitamente um irônico dramaturgo, que atua o tempo todo para Humbert, tentando distrair e enganar seu rival.
Felizmente, na transposição as personagens principais não sofreram modificações em sua essência: quando Humbert chega na casa, a mãe de Dolores (Lola) demonstra, em ambas as versões, que é descontrolada emocionalmente, insinuando-se o tempo todo para ele. Lolita é inocente, mas tem o perfeito ar de ninfeta ao qual Humbert se refere, quando se excita em sua presença, com sua visão sexualmente alterada.
A história se passa mais ou menos na década de vinte. O pedófilo é um europeu conservador totalmente reservado e muito reprimido devido à ciente condição de sua perturbação; dentro de suas próprias elucubrações, faz auto-criticas o tempo todo. Kubrick retratou isso muito bem com a filmagem em preto e branco feita em diferentes focos, e com um figurino de época que dá um toque especial à trama.
Lolita vai a um acampamento para meninas. Humbert casa-se com sua mãe, como forma de contentar seu desejo reprimido de ficar perto de “Lo”; ele não tinha saída, já que Charllote se declarou em uma carta, e iria despeja-lo se não quisesse ficar com ela. Após descobrir o diário secreto dele, que tinha diversas ofensas para a ela e perversões para sua filha, a recém sra. Humbert sai correndo pela rua e é atropelada. Ironia do destino, sorte para nosso protagonista: a morte de sua nova esposa é recebida indiferentemente por ele.
As pequenas mudanças na ordem dos fatos e de alguns detalhes da história fizeram o filme consagrar muito mais a figura de Lolita do que a do próprio protagonista. A figura de Quilty está bem mais presente nas filmagens do que nas páginas do livro, porque o filme mostra com onisciência a realidade, enquanto o próprio livro se expõe como uma auto-biografia de Humbert. Mas em ambos os meios, no final, Humbert se espanta de não ter notado que “Lo” mantinha relações com outro homem maduro.
Seria impossível transpor perfeitamente Lolita do papel para as telas. A linguagem rebuscada e trabalhada do verdadeiro escritor do livro, Vladimir Nabokov, tornou o sofrível passado de um homem doente em poesia: Lolita é poesia em prosa. Porém, ao retratá-la em um filme, Kubrick expressou com fidelidade a essência da obra, adaptando as situações escritas a uma atuação que transmitisse a idéia do autor, de toda sua delicadeza mórbida de contar desejos sexuais sem chavões pornográficos.
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